quarta-feira, 4 de maio de 2011

“Ser ou não ser, eis a questão!”




Sempre fico me perguntando e, às vezes, converso com minha esposa sobre os jovens da nossa cidade, não só os jovens, mas também as pessoas em geral. Acredito, pois, que às vezes há uma certeza imensa do que as pessoas de nossa cidade querem. Por outro lado, percebo uma enorme dificuldade delas saberem o que lhes realmente faz bem. 

Paradoxalmente, há uma dúvida pairando nas cabeças dessa gente. Pois, saber o que quer, indefere a respeito do que lhe faz bem, afinal, o livre arbítrio existe e assim deus deu aos homens. Agora, acertar é outra questão e cada um faz o que quer e quando quiser, basta querer e escolher, e como se diz na música do “maluco beleza”; “faça o que tu queres pois, é tudo da lei”. Bem..., dentro ou fora dela, a escolha é sua. Por isso, que sempre há uma segunda opção na vida, e isso as pessoas descobrem com o tempo.


 Dentro desta questão, quero, portanto, lhes apresentar o poema de Carlos Queiroz Telles.(Sementes de sol. São Paulo: Moderna,1992.p.45.): E assim, respondam pra si mesmas tais indagações e as analise sobre nossos cidadãos Campograndensses.


Insegurança máxima



Ser ou não ser,
Ter ou não ter,

Comer ou não comer,
Beber ou não beber,

Viajar ou não viajar,
Beijar ou não beijar,

Vestir ou não vestir,
Sair ou não sair,

Amar ou odiar,
Dormir ou acordar,
Brigar ou namorar,
Passear ou estudar,
Aceitar ou protestar,
Afinar ou encarar
As dúvidas
Desta vida:

Será que eu sei o que eu sou?
Será que eu sei o que eu quero?
Será que eu sei o que eu sinto?

Será que essa cuca confusa
Cheia de issos ou aquilos...
Será...
Será que isso sou eu?

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