segunda-feira, 30 de maio de 2011

" lei do silêncio"



Não faz muito tempo, acho que um ano depois de assumir o cargo de prefeito da nossa cidade, conversei com o prefeito recém empossado, Francisco das Chagas ou Bibi de Nenca. Encontrei-me com ele na padaria de Carlinhos de Pedro Moura, e nisso, conversamos a respeito de uma praça que seria construída na rua onde moro, mais precisamente bem enfrente a minha casa. Onde dizia ele que seria construída logo, com planos para terminá-la e inaugurá-la em julho do mesmo ano (2010). Daí tudo bem, gostei muito, afinal uma praça para minha filhinha brincar com um monte de crianças e até mesmo para eu quem sabe jogar damas com outros velhos num futuro longo. Pois é uma praça, e é para isso que serve, dá um pouco de lazer aos cidadãos.  Mas, como sou curioso, perguntei como era o projeto da praça, ele me respondeu que era: “um projeto bonito arborizado com espaço para eventos e tudo mais, mas que não estava terminado, pois faltavam alguns detalhes”. Então, Pergunte-lhe se eu poderia dar uma sugestão e ele me disse que sim e que aceitaria com a maior satisfação. Falei, pois, da nova onda de academias ao ar livre. De imediato, ele concordou com a ideia e disse que conhecia o projeto e que desde então ia pô-lo em prática. Entretanto, não foi o que eu observei. Pois, a obra que era para ser entregue em julho de 2010, está agora prevista para ser entregue em julho de 2011. Mas, o pior foi ver o que está sendo feito nessa obra, ao invés de academia para melhorar o condicionamento físico das pessoas e conseqüentemente melhorar a saúde, o que está sendo feito mesmo são novamente bares.

A pergunta que fica é essa. Será que campo Grande precisa de tantos bares assim? Seja em praça, em mercado e via costeira?
Acredito que não. Para mim, só resta protestar nesse pequeno e tão pouco influenciável blog. Até porque, no ano passado, quando soube que não iria ser mais uma academia, comentei com colegas que não gostei do projeto, e numa brincadeira, disse que por isso iria comprar uma espingarda de pressão para que eu pudesse me defender dos bêbados. Assim, como fazem no mercado público, eles começam a beber e terminam em confusão e um esfaqueado o outro. Essa verdade todos sabem, o mercado virou uma praça de guerra e que uma vês ou outra um sai esfaqueado de lá. Outra verdade é que um vereador ouviu o que eu disse e não gostou. É um direito dele não gostar do que eu disse, assim como é um direito meu não gostar que bares sejam feito em uma praça pública. Afinal, sabemos o quanto é chato ter esses locais perto de nossa casa, pois acaba com sossego, ainda mais se tratando de Campo Grande, onde os jovens só sabem agora beber ouvindo músicas nas maiores alturas. Portanto, acho que é uma falta de respeito com quem mora por perto, até mesmo porque, ninguém da rua foi consultado a respeito desses bares. Com certeza não iríamos concordar. Mas, fazer o quê.

É fato que a praça esta sendo feita. Só não vou dar os parabéns. Ainda mais, porque um dos vereadores que assinou esse bendito projeto me ofendeu em um bar perto de minha casa, me chamou disso e daquilo e ainda ameaçou de me bater, simplesmente por que eu não concordei com o projeto da praça. Na hora tentei acalmá-lo, pois percebi que ele estava bebendo, o que é de praxe dele, e nisso pedi desculpas aos colegas e fui para minha casa. É claro que como cidadão campo-grandense, fiquei indignado. Pois, moro aqui há muito tempo, estudei nas escolas dessa cidade, me formei em história na Universidade de Assu com muito sacrifício, este ano vou fazer dez anos de casado com Ana Bartira, formada em letras na mesma Universidade e que, é professora do Estado e município, temos uma filhinha linda e com saúde. Portanto, sou digno de respeito e sou exemplo para esta comunidade. Afinal, tudo que consegui foi com muito trabalho e humildade, pois, trabalhei em vários locais como Garçom, “asg” numa farmácia, montador de móveis, professor do estado por três anos e fui e sou  comerciante e exporto a carne de nossa cidade para vários restaurantes e hoteis de Mossró, assim, dando lucro a outros comerciantes de nossa cidade. Por isso e muito mais, tenho minha pequena história nessa cidade. No entanto, esse cara antes de se tornar vereador só vinha para nossa cidade se embriagar e tentar agredir pessoas, inclusive tentou bater no padre da paróquia de nossa cidade. Foi então que, um cargo de vereador cai de para quedas no colo desse sujeito, e agora ele se acha no direito de agredir cidadãos de bem. Quero avisar que não tive medo das ameaças desse cara e não tenho medo dele. Para mim esse vereador metido a playboy e alcoólatra é um erro que a sociedade campo-grandense tem que engolir só por esse mandato, pois, não merecemos esse tipo como representante do povo. Afinal, foram vocês que o colocaram, e pagamos muito bem para ter um moleque desses na câmara, e acho mesmo que foi o primeiro emprego dele, assim, temos também o direito de tirá-lo. Por favor, não votem mais nesse cara. E se vocês querem saber o nome dele, me perguntem que eu lhes direi pessoalmente. Mas, acho que vocês já sabem, afinal, ele é o único que vive bebendo em tudo quanto é bar da cidade, pois é só ver um vereador papudinho, pé de cana num bar que irá reconhecê-lo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Quem sente falta da AABB?"

A pergunta acima é a enquete que está no Blog Cgnews. Não votei, mas isso tem explicação.  Não votei simplesmente porque resolvi responder no meu blog que, também foi a pedidos. Várias pessoas vieram me questionar a respeito dessa enquete e a resposta era sempre a mesma, assim como, opinião também era a mesma. Os números da enquete podem até dizer ao contrário, mas, o porquê de ninguém sentir falta é o mesmo.
Ora bolas, desde que foi fundada esta instituição, AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil), nada mais foi que uma associação separatista no tocante aos menos abastados, pelo menos foi o que se observou e o que se sentiu na época em que foi fundada e também mantida durante alguns anos. Pois, os funcionários se achavam, e eram os grandes boçais, egoístas da nata da alta sociedade, ou humildemente se achavam os melhores e coisa tal. Isso, só porque ganhavam os melhores salários da época. Portanto, ser bancário era o grande barato do emprego federal.  Sendo assim, comportavam-se de maneira esnobe, olhando os outros de cima para baixo, e só por isso a AABB foi criada, para separar eles, os boçais, da multidão, ou seja, do resto.
 Com passar dos tempos, esse sincretismo social foi diminuindo. Contudo,  a economia do país foi mudando, outras pessoas “subiram de vida”, outros boçais foram aparecendo e da mesma forma, fundaram também seus clubes.  Ser bancário já não era mais o grande emprego, mas era então, e é apenas um emprego como qualquer outro. Nessa perspectiva, os mesmos abandonaram a instituição criada por eles, exclusivamente para eles. Isso porque os padrões de clube social ficaram ultrapassados diante de outros mais modernos e mais abertos ao público. Nessa medida, não conseguiram acompanhar e nem ao menos mantê-la. Isto posto, os motivos também já sabemos. O padrão de bancário caiu e as pessoas que eram excluídas dessa associação também não quiseram mais participar dela, ou por encontrarem outros lugares melhores para ir, ou por descontentamento de tantas humilhações sofridas durante o seu auge, bem como depois dele também.
Com esse abandono por parte dos bancários, assumiu então, outro pessoal. E que pessoal! Primeiro houve uma nova associação, convidaram os comuns para participar da AABB. O intuito era bem claro: alavancar novamente a instituição. Não precisa nem dizer que não deu certo. Afinal todos sabem no que deu.
Mas, por qual motivo não deu certo? Vejamos: vieram uns caras de fora que fizeram um esquema de arrecadação de dinheiro para re-estruturar a entidade. Pegaram dinheiro que arrecadaram e deram no pé.  Antes ou depois disso, não sei ao certo, só sei que, entregaram-na nas mãos de pessoas... Assim posso dize não irresponsáveis, mas, de cunho e atos um tanto quanto truculentos. Era como se essa pessoa fosse - falo essa, por que foi praticamente ela, que ficou como dono - o dono ou um ditadorzinho de meia tigela. Mas, que impunha um medo inexplicável em alguns bajuladores e nada se falava ou fazia. Pois, esse cara tinha tanto poder,  não sei de onde, que chegava a punir severamente quem não o obedecesse. Era realmente um temor.  No bar que ele comandava, a comida era horrível, o atendimento nem se fala e quem reclamasse era convidado a se retirar ou até mesmo a nunca mais voltar. Então, essa associação não tinha nada de amistosa. As pessoas só iam para lá porque não tinha outro local para ir. Quando surgiram outros locais, com outras pessoas mais educadas, começamos a gostar e, consequentemente freqüentar mais e mais esses locais,abandonando enfim, a maldita  AABB e seus tiranos de meia tigela. Portanto, não o quê, mas quem destruiu essa entidade foram seus administradores. E dele, portanto, ninguém sente falta. E nem daquela piscina cheia de micose.  Temos mesmo, enfim, é que agradecer por essa desgraça ter fechado, pelo menos na parte de bar, piscina e quadra.  Entretanto, temos que ressaltar o trabalho social, embora que ainda um tanto quanto pequeno, que fazem com crianças menos favorecidas. De resto, só serve para “o metade sei lá das quantas”, fazer seus míseros torneiozinhos de meia tigela,mas que, não é culpa dele, diga-se de passagem. Por isso também, é outra vergonha, mas depois eu falarei desse assunto. E quer saber mais, o bom seria que implodissem essa desgraça para não se ter mais vestígios. Mas, não com aqueles explosivos que tentaram implodir o “Mané garrincha” em Brasília, os dos caixas eletrônicos são melhores. E para as crianças, arranjaremos outro lugar melhor para elas, longe daquela fedentina de merda de morcego. Afinal, elas, somente elas merecem lugar melhor para estudar e brincar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

“Meu troco é pouco é quase nada”





Bem amigos de Campo Grande, agora vou lhes contar uma historinha que ocorreu em nossa cidade. Bom, ela começa com um cidadão que por puro impulso e na ânsia de salvar o seu filho, pois essa criancinha estava doente e precisava de uma operação na garganta, saiu pedindo ajuda em dinheiro para algumas pessoas, na intenção de conseguir pagar a operação do seu filhinho. A bendita operação custava R$ 3.000,00, e claro que ele não tinha. Pois bem, eis que este homem recebe um telefonema de um político de nossa cidade, lhe oferecendo uma ajuda em dinheiro. Pediu-lhe que fosse encontrá-lo em um determinado lugar para pegar a quantia, que não fora revelada no momento. É justo, um político diante de sua capacidade financeira assim como sua força social, com contatos políticos e profissionais na área de saúde, logo teria plena capacidade de ajudá-lo, só a força política já bastava. Como se diz no popular: Só a palavra basta. Pois, acredito que, só assim um pobre terá condições de ser beneficiado pelo sistema de saúde do nosso país, ou seja, com um pistolão. Entretanto, nem isso minha gente. Foi pior do que o pobre imaginava. Ao se encontrar com esse bendito político, o mesmo o olhou bem dentro dos olhos, enfiou a mão no bolso e disse-lhe; “Pegue, é para ajudar na operação do seu filho”. Com surpresa e gratidão, esse homem pegou a quantia em dinheiro e guardou no bolso. Ah! A quantia? Ai, ai... Sou obrigado a dizer. Bem... R$10,00. Isso mesmo meus amigos, dez pila.

Este homem saiu cabisbaixo e foi se encontrar com outro político da nossa cidade, e ao encontrar-lhe contou da ação do outro. E esse, sensibilizado com a história, disse-lhe que iria ajudá-lo com R$500,00, porém, se ele, o pai da criança que estava no hospital a espera da cirurgia, lhe trouxesse um recibo do médico que iria fazê-la. Estão achando um absurdo? Pois, foi isso mesmo que aconteceu.
 Agora, o mais interessante é que, quando eu estava ouvindo rádio, escutei uma notícia que esse mesmo político que ofereceu R$10,00 para salvar a vida de uma criança, patrocinou a viajem de um grupo pessoas para comer e beber num balneário, inclusive o mesmo estava nela, e eu o vi em cima de um caminhão. Foi um simples agrado por essas pessoas terem feito uma apresentação teatral. Agora, uma criancinha não merece o prêmio maior, a vida. Também sei que ele não ia salvá-la, mas que merecia bem mais que dezinho, ah, isso com certeza merecia.

Outro dia postei em meu blog uma matéria sabre diversão aonde eu dizia que em Campo Grande as pessoas faziam qualquer coisa por sexo, droga e um pouco de diversão. Mas, não pensei que seria tanto. Infelizmente essa é a realidade. É triste saber que não só em Campo Grande, mas em todo o país, os políticos não levam a saúde dos pobres a sério, e que estar entre a vida e a morte pra eles, é apenas uma questão divina, ou seja, foi Deus que quis assim. E vocês querem saber mais, esse menino fez a bendita operação graças a outro político que por pura concorrência à cadeira do executivo de nossa cidade, patrocinou o prolongamento da vida deste garoto. Por isso, caros amigos, adoeçam as vésperas de uma eleição ou morram para sempre. Entretanto, se você conseguir ficar vivo depois das eleições, nada mais que um trocado a valerá.

“Ser ou não ser, eis a questão!”




Sempre fico me perguntando e, às vezes, converso com minha esposa sobre os jovens da nossa cidade, não só os jovens, mas também as pessoas em geral. Acredito, pois, que às vezes há uma certeza imensa do que as pessoas de nossa cidade querem. Por outro lado, percebo uma enorme dificuldade delas saberem o que lhes realmente faz bem. 

Paradoxalmente, há uma dúvida pairando nas cabeças dessa gente. Pois, saber o que quer, indefere a respeito do que lhe faz bem, afinal, o livre arbítrio existe e assim deus deu aos homens. Agora, acertar é outra questão e cada um faz o que quer e quando quiser, basta querer e escolher, e como se diz na música do “maluco beleza”; “faça o que tu queres pois, é tudo da lei”. Bem..., dentro ou fora dela, a escolha é sua. Por isso, que sempre há uma segunda opção na vida, e isso as pessoas descobrem com o tempo.


 Dentro desta questão, quero, portanto, lhes apresentar o poema de Carlos Queiroz Telles.(Sementes de sol. São Paulo: Moderna,1992.p.45.): E assim, respondam pra si mesmas tais indagações e as analise sobre nossos cidadãos Campograndensses.


Insegurança máxima



Ser ou não ser,
Ter ou não ter,

Comer ou não comer,
Beber ou não beber,

Viajar ou não viajar,
Beijar ou não beijar,

Vestir ou não vestir,
Sair ou não sair,

Amar ou odiar,
Dormir ou acordar,
Brigar ou namorar,
Passear ou estudar,
Aceitar ou protestar,
Afinar ou encarar
As dúvidas
Desta vida:

Será que eu sei o que eu sou?
Será que eu sei o que eu quero?
Será que eu sei o que eu sinto?

Será que essa cuca confusa
Cheia de issos ou aquilos...
Será...
Será que isso sou eu?