quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"E a culpa é de quem?"

“E a culpa é de quem?”


Olha! Fiquei um pouco preocupado com uma notícia que li ontem no blog cgnews. A matéria do blog afirma que a prefeitura junto com o Ministério público tem até o dia 18 de setembro para tirar os vendedores de produto de origem animal, ou seja, os vendedores de carne, do centro da cidade. Assusta-me por que não entendo, nem a prefeitura e nem o Ministério Público em tomar uma decisão dessas, antes de resolver outra muito mais importante, a de concluir o Abatedouro Público. Uma obra que é de suma importância para a nossa cidade e para toda a saúde publica, aliás, bem mais importante do que essa tomada. Em primeiro lugar, não é saber onde estão sendo vendidos esses produtos, mas onde esses animais estão sendo abatidos. E antes de serem abatidos, tem que ter um veterinário responsável para qualificar a entrada e saída desses animais. Afinal, temos que saber de antemão se, o animal a ser abatido está saudável ou não. Entretanto, a Prefeitura e o Ministério Público querem tomar uma decisão antes de regularizar outra. É como se diz no ditado popular, “querem colocar a carroça na frente dos bois”.  Acredito que se a vigilância sanitária vier fazer o seu papel, e deve fazer, em primeiro plano deverá interditar a matança de animais e conseqüentemente interditar o Mercado da Carne. Depois, o Ministério Público deverá investigar onde estão sendo abatidos esses animais que nós cidadãos estamos consumindo. A verdade é que fizeram primeiro um local para se vender a carne antes concluir o local de se abater. Foi um tiro que o prefeito deu no seu próprio pé. Afinal, ele quer inaugurar sua obra e para isso tem colocar para funcionar o que fez, ou se não, vai ser mais um “elefante branco” em nossa cidade. Entretanto, não pensou nas conseqüências. Acionou o Ministério Público para dar legalidade na sua obra e, com isso, pressionar os açougueiros a se deslocarem para a “obra de sua vida”, o Mercado da Carne. Acho que a coisa é bem mais complicada do que o prefeito imaginou, e com essa medida, ele arranjou sarna para se coçar.

Sou freguês de quase todos os comerciantes de carne de nossa cidade.  Assim, conversei com todos eles a respeito do assunto e todos sem exceção, me disseram que não sairão dos seus respectivos comércios, bem localizados, para se deslocar para um local distante. Disseram-me ainda que farão tudo o que a vigilância sanitária pedir, inclusive a estrutura que um açougue deve ter. Mas, em hipótese alguma, irão sair de seus lugares. Portanto, como eu falei antes, o prefeito deu um tiro no próprio pé. Aí, todos já sabem não é mesmo? Estamos perto de uma campanha política... Se coça daqui, se coça dali, e tudo se resolve do jeitinho brasileiro. E nós, como sempre ficamos roendo o osso. Tomara que esse osso não tenha pelo menos aftosa. E se os comerciantes de carne baterem o pé e não forem mesmo para o Mercado da carne, assim, teremos mais um “elefante branco” em nossa cidade. E a pergunta que faço meus amigos é: E a culpa é de quem? Bom, minha é que não é, disso eu tenho certeza, ou não, sei lá!
 

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