segunda-feira, 6 de junho de 2011

“faixa preta”




Nesta sexta feira 03 de junho fui assistir a reunião da câmara dos vereadores de nossa cidade, que por sinal estava lotada. A lotação se justificava pelo fato de estar em votação ou apresentação do novo projeto de lei municipal em relação ao novo plano de cargos e carreira dos professores.  A reunião não interessava somente aos professores, mas toda comunidade educacional, afinal de contas todos ganham e todos perdem quando algo é feito de bom ou de ruim para essa classe. Nesse caso, entendo que um tanto quanto ruim. Visto que, o projeto apresentado desprestigia por completo o papel do docente. Assim esta, muito bem explicado as intenções desse projeto nas linhas esclarecedoras do texto do mestre em história e professor da UFRN, Saul Estevam. O texto que ele publicou no CGnews é revelador e chocante. Acredito, portanto, e concordo com ele que, só quem sai perdendo nessa história são os professores. E por isso também, os habitantes de nossa cidade devem dar total apoio a essa classe que em nenhum momento da história de nossa cidade assim como no resto do país nunca foi posta em primeiro plano.
Parabéns, parabéns e parabéns Saul!  Eu, como pequeno e humilde historiador que sou, estou muito orgulhoso nesse momento. Quero dizer mais, sou seu fã cara.
Voltando a reunião, fiquei surpreso com o desenrolar da mesma. Pois, os vereadores não tentaram em nenhum momento discutir os pontos do bendito projeto. No entanto, se apegaram num ponto que não tinha nada haver com a discussão. Visto que, um garotinho que segurava um faixa onde dizia que os vereadores eram inimigos dos professores, foi o foco da reunião, desviando assim, o prumo da conversa. Pode uma coisa dessas. Eles ficaram com raivinha de uma simples faixa. Criando, portanto, um certo clima de revanchismo. Pior ficou quando o representante do SINTE do município chamou-os de irresponsáveis. Aí, o bicho pegou. Afinal, eles queriam que os chamassem de quê? De salvadores da educação. Pois, o presidente da câmara deu a entender que com uma reunião que tivera com o prefeito e os vereadores tudo já tinha se resolvido, ou seja, quase todos já tinham escolhido votar na aprovação do projeto. Assim, com a tal faixa, foi dado o golpe de misericórdia. Embirraram, e tudo indica que votarão mesmo no enterro simbólico da classe docente do nosso município. Entretanto, se fizerem faixas chamando-os de amiguinhos e camaradinhas, implorando que não votem por rancor ou por conjuntura partidária e sim por consciência, respeito e dignidade aos profissionais da educação, possa ser que mudem de idéia. Eu já estou implorando e rezando para todos os santos que façam com que eles mudem de idéia.

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