quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

“Meu aluguel, minha vida”



Minha mãe sempre disse; ”Quem casa, quer casa”. Quando minha esposa me pediu em casamento, disse-lhe que sim, mas, com uma condição, teríamos que comprar pelo menos uma casinha de um cômodo só, e foi o que fizemos. Na época parecia mais fácil encontrar casa para vender em nossa cidade, e olha que não faz tanto tempo assim, foi no ano 2000, encontrei-me com Branca Góis e ela me falou que tinha uma casa para vender no conjunto COHAB, no valor de 2000,00R$ e que dividia em duas parcelas de 1000,00R$, juntamos nossas economias e compramos a casinha e casamos no ano seguinte. Na mesma rua havia mais duas casas para vender, ambas no valor de 1.500,00R$ cada, falei para minha mãe e meu irmão comprá-la, no entanto, não quiseram, alegando que mais na frente comprariam, acreditando eles que nada iria mudar. Entretanto, mudou e como mudou. As casinhas que antes ninguém queria, começaram a aparecer compradores e mais compradores. Acredito que devido às coisas terem melhorado e também devido ao crescimento de casais a procura de seus novos lares para constituírem suas famílias, assim como eu e Bartira. Os que tiveram sorte e agilidade como eu se deram bem, afinal, eram poucas as casas a disposição para essa nova safra de casais e abastardos da nova era econômica nacional. Mas, nem tudo estava perdido, pois, em várias cidades era visível o crescimento devido ao grande número de novas unidades habitacionais e certamente Campo Grande não ficaria de fora desse Bunge habitacional. No entanto, a coisa desandou, o caldo entornou, a massa encrespou e nada de tijolos e telhas sendo erguido para que nossos olhos brilhassem de alegria e enchesse de esperança os muitos casais que há tempos esperam por um teto.  Passaram-se quatro anos da gestão de Antônio Véras – mas, esse foi antes de começar o grande salto da construção habitacional, mas nem por isso devemos deixá-lo de fora – e nenhuma casa foi construída de forma padrunizada. Aí, veio a nova esperança com “O bem” de Bebeto, coisas extraordinárias foram prometidas, inclusive casas, mas se passaram mais quatro anos e nada, enquanto isso em alguma cidades como Triunfo Potiguar, Upanema, Janduis, Caraúbas e Messias Targino já mostravam ou entregavam suas tantas dezenas de casas. Isto posto, veio novas eleições e novas e velhas promessas do “bem”, acreditamos e Bebeto ganhou de novo e, de novo nenhuma casa foi construída, porém, nas cidades vizinhas mais unidades habitacionais foram concedidas aos seus habitantes, em muitas delas foram construídas mais de 500 unidades, é isso mesmo que vocês estão lendo e podem acreditar, enquanto isso, passam mais quatro anos e nossa cidade, nada de casinha para os casais apaixonados. Mas, “o bem” sempre vence o mal, e assim, Bebeto se consagra nas eleições e faz o seu sucessor, Bibi. Ah! Com o mesmo discurso de sempre. Como esse é mais atual, não vou me alongar muito, a verdade é que o atual prefeito revolucionou e pôs abaixo o déficit habitacional de nossa cidade, construiu em três anos de governo o que Bebeto e Antônio Veras não construíram em doze, acreditem meus amigos foram construídas (8) oito unidades habitacionais em campo Grande na gestão do prefeito |Bibi de Nenca. É um recorde! Isso para não dizer um feito. Realmente, tenho que dar os parabéns ao atual prefeito. E mais, está previsto para o próximo ano a entrega de (22) vinte e duas unidades, não é legal, mesmo no ano eleitoral. Mas, calma aí, já estava no orçamento, num é nada disso que vocês estão pensando. E com essa quantidade absurda de casas construídas e destribuídas em nossa cidade, enfim, as autoridades públicas de nossa cidade deram um chega prá lá na especulação imobiliária em Campo Grande, os aluguéis reduziram quase que... nada,  os terrenos estão a preço de... ouro e o que é melhor, a família está mais unida, estão morando todos juntos, sogra, sogro, de ambas as partes, genro, nora, cunhados, cunhadas, netos e netas, filhos e filhas, sobrinhos, primos...
Parece que estou de brincadeira, mas, num tô não, é uma vergonha o que está acontecendo em nossa cidade, principalmente com relação ao déficit habitacional, o aluguel em nossa cidade em muitos casos é superior a cidades como Mossoró e até mesmo Natal, é um absurdo, e tudo isso devido à falta de casas. Enquanto isso, cidades vizinhas já anunciaram a construção de mais casas, centenas. Não dá para entender, aliás, na dá para aceitar uma coisa dessas.  Já está mais que na ora de nossas lideranças públicas se tocarem que os campograndenses não querem só bebida, calçamento e praça, querem também casas, muitas e com urgência. E digo mais, estou sabendo que tem um gaiato que trabalha na prefeitura vendendo terrenos no antigo açude da prefeitura que não é dele, e o que é pior - se é que pode ser pior que isso - para pessoas que não precisam, pois, elas são donas de vários terrenos e casas em nossa cidade e vivem de alugar casas. Os campograndenses não merecem uma “trairagem” desse tamanho, é uma vergonha que alguém da prefeitura esteja de acordo com um absurdo desse.

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