quinta-feira, 4 de outubro de 2012

“Ela disse o que eu queria dizer”



 

“A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistente. Autoridades desinformadas, alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos vão se tornando reduto de pobreza intelectual”.

                                                                                  LyaLuft

 

“Alunos que não conseguem raciocinar porque não lhes foi ensinado, numa educação de brincadeirinha”

                                                                                  Lya Luft

 

“Professores que, mal pagos, mal estimulados, são mal preparados, desanimados e exaustos ou desinteressados. Há para tudo isso grandes exceções. O quadro geral é entristecedor”

                                                                                  Lya Luft

 

“E as cotas roubam a dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao ensino superior por mérito, porque o governo lhes tivesse dado uma ótima escola pública e bolsas excelentes: não porque, sendo incapazes e despreparados, precisassem desse empurrão. Não é pela raça ou pela cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir um diploma superior”

                                                                                  Lya Luft

 

“Em suma, parece que trabalhamos para facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los para o trabalho e a busca de mérito, uso de sua própria capacidade e talento”

                                                                                  Lya Luft

 

“Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores preocupações sobre este país com suas maravilhas e suas mazelas num momento fundamental em que, em meio a greves, se delineia com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos aqueles que não apenas prejudicaram monetariamente o país, mas corroeram sua moral, e a dignidade de milhões de brasileiros”

                                                                                  Lya Luft

 Lya Luft é escritora e escreve para a resvista veja. Esses fragmentos de texto foram tirados do seu artigo publicado na edição 2288 da então revista, no dia 26 de setembro de 2012.

Lamentavelmente essa realidade se encaixa muito bem ao nosso município, sobretudo quando ouvimos candidatos a vereadores dizendo em discurso de palanque que, o salário dos professores não foram reduzidos, e sim, as suas horas de trabalho. É muita desfaçatez e descompromisso com a educação do então candidato quando afirma tal declaração. Vejam por exemplo, se cortássemos as horas de trabalho dos vereadores para, assim, reduzir seu salário, teríamos em primeiro lugar, vereadores sem ao menos uma hora de trabalho e ainda ganhando mais que um professor trabalhando trinta horas semanais. Mas, na verdade as horas de trabalho do professor foram sim reduzidas, mas não tanto quanto foi reduzido o seu salário, com a clara intensão de preencher essas horas restantes com contratados ao qual muitos deles recém saídos do ensino médio, para serem pagos com a sobra salarial dos professores efetivos, que com razão não estão satisfeitos com a atual gestão que, sequer fala nos seus discursos de palanque em concurso público e muito menos em resolver esse lamentável e injusto projeto que mina a educação do nosso município e desqualifica toda uma classe, e que se sente desestimulada e não encontra apoio até mesmo na sua própria classe para melhorá-la. Realmente a educação não é essencial para a maioria dos nossos governantes e muito menos para a maioria da população da nossa cidade.  

 

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