A Independência FM e a sua relação com os seus funcionários

Por Thiago Gondim F. de Brito

Nesta quarta-feira (07/03) pela manhã recebi a ligação do diretor de programação da rádio “comunitária” Independência FM, Juscelino Marques, onde o mesmo me informava que eu não fazia mais parte do quadro de locutores da citada emissora, isso me deixou um tanto perplexo e triste, não só pelo fato de ter sido excluído da emissora, pois já tinha em mente que isso poderia me acontecer e aconteceu, já que outrora muitos outros excelentes comunicadores como Zé Régis, Leomar Wanderley, Zé Estácio entre outros experimentaram desse dissabor de serem colocados para fora como se fossem máquinas ultrapassadas sem valor algum e sem nenhuma explicação plausível para tal ato por parte da direção. No meu caso talvez seja pelo fato de minha pessoa ter um cargo comissionado na atual administração municipal, mas, onde está o motivo plausível, pois, a rádio é comunitária e sem vínculo empregatício, ou seja, o trabalho lá era voluntário e o meu tempo era compatível com as duas funções sendo que sempre me dediquei de forma igualitária nos meus dois serviços sem prejuízo algum, então, será que isso não seria uma forma de perseguição? Então, resolvi escrever essa matéria para que os meus ouvintes e aqueles que admiram meu trabalho como comunicador e que me acompanharam nestes oito anos em que fiz parte da mesma, fiquem cientes que eu não pedi para sair e sim, eu fui colocado para fora pela presidenta da Associação Comunitária de Rádiodifusão de Campo Grande-RN a senhora Norma Almeida, justamente por não mais me “adequar” e não mais compactuar com os interesses de uma emissora que, embora se diga “comunitária” não passa de um instrumento de promoção pessoal de uma minoria de indivíduos que se acham acima da lei e que é dirigida por uma pessoa que acha que está acima dos interesses coletivos de uma comunidade, ou seja, agindo ao seu bel prazer, não se importando com as conseqüências dos seus atos e fazendo apenas o que lhe é de interesse. Ora, se a Independência FM é uma rádio comunitária, logo, ela pertence à comunidade ou “não”, então, acredito eu que, a sociedade é quem teria o direito de decidir quem sai e quem fica, ou, pelo menos opinar sobre as decisões que são tomadas por uma única pessoa, pois, da forma que está, essa emissora não é comunitária, e sim, particular, pois na prática é o que está acontecendo. Pior ainda, é o fato de uma rádio pública praticar atos de censura, algo que foi bastante disseminado durante a Ditadura Militar e que ainda nos dias atuais vem sendo feito por esta emissora, aí eu lhe pergunto, onde estão os órgãos fiscalizadores para coibirem tais práticas ou a Independência FM inatingível? Pois, o legislativo local (os vereadores) não tem espaço para falarem na referida rádio, inclusive várias vezes foi solicitado o pedido a Independência FM para que fossem transmitidas as sessões da Câmara Municipal sem que pelo menos o pleito tenha sido atendido e, até o prefeito do nosso município foi proibido de falar através dos seus microfones aos ouvintes e falar de coisas importantes para a coletividade,assim como, para o município como um todo. Enquanto que algumas pessoas que se acham os donos da verdade, ou, os salvadores da pátria e que, inclusive tiveram a chance de mudar esse município e colocá-lo na dianteira do desenvolvimento, não o fez e, agora aparece novamente tentando ludibriar a população com suas falácias e, tem o espaço que bem entender para falarem de coisas pequenas e fúteis. Para finalizar, quero dizer aos meus ouvintes e admiradores que, lutei e relutei para continuar na Independência FM, não para alimentar o meu ego como alguns o fazem, mas, para levar até vocês um pouco do meu conhecimento e de tudo aquilo que nestes oito anos eu aprendi no que se trata de comunicação radiofônica e pelo compromisso de informar a nossa população com credibilidade e, acima de tudo com ética, respeito ao próximo e com transparência, sempre pautando as minhas ações na racionalidade e na coerência, mas, infelizmente não fui respeitado e nem atendido por aqueles que outrora se diziam meus admiradores. Talvez eu tenha incomodado alguém que ao ver todo o poder que tem o povo, tenha se sentido preocupado com a minha popularidade e com o carinho que a grande maioria das pessoas dessa terra querida nutre pela minha pessoa como profissional da comunicação local ao longo desses oito anos. Desde já, quero agradecer a todos vocês e pedir a Deus que nos abençoe e sei que, na hora exata, tenho a convicção que o povo de minha terra e o Senhor me fará justiça, pois, foi tirado de mim de forma injusta e desleal o direito de me comunicar com cada um de vocês que, todos os dias de segunda à sexta das 12h ás 13h ligava o seu rádio para ouvir o programa do Thiago Gondim. Isso infelizmente, pelos menos neste momento não será mais possível, mas sei que Deus é o juiz de todas as coisas e irá me ajudar a superar mais esse desafio que hora se apresenta. A todos, um grande abraço e obrigado pela atenção.