quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Entre o céu e o inferno"

Alguém deve se lembrar de outro texto que escrevi em que citei a seguinte frase da música do grupo de rock, Titãs; “Qualquer um faz qualquer coisa por sexo, droga e um pouco de diversão”. Pois, na semana santa em nossa cidade, isso se confirmou e, se confirma a cada dia. Mas, na semana santa foi o ápice da colocação musical da citada banda. Foi o auge também da imbecilidade sonora tanto pela quantidade dos decibéis, quanto pela qualidade musical. Além disso, o sexo é um atraente na nossa cidade, pois, meninas estão no enfinca não só na letra esdrúxula, desqualificada da “música”, mas, também estão no termo literal da palavra. E a droga, com certeza é o motor que dá impulso a toda essa falsa impressão de diversão infernal. Para muitos, o comprimido é um paraíso, assim como, a cerveja que, apesar de lícita como tantas outras bebidas alcóolicas, também é uma droga. Porém, para a maioria dos jovens, Campo grande era e é o paraíso, ou, o céu, já que, tá tudo liberado na droga dessa cidade. Mas, que paraíso é esse que inferniza o principal pedestal que sustenta essa droga de sociedade? Pois, para esses, os trabalhadores, pais de família, a nossa cidade em plena semana santa, virou um verdadeiro inferno. Esse caldeirão dos diabos acontece em nossa cidade, só em nossa cidade, é verdade, com a vergonhosa desculpa de um “turismo” torpe e inescrupuloso que, só uns poucos idiotas enxergam, como sendo benéfico para a comunidade. Além do mais, esse tipo de turismo, poucos se beneficiam, como os donos de botequim. No entanto, o prejuízo maior recai sobre a sociedade que, veem seus jovens se alistando num exército que não dá oportunidade de crescimento, e sim, o da destruição, começando pelo sossego alheio.  Quando decidi sair da minha casa para comprar comida para minha família, sem a mínima noção de como estava a bendita “via costeira”, peguei o meu carro e subi no primeiro trecho que dá acesso mesma, de repente me deparei com a visão do portão inferno, a maldita via mal planejada e agora mal acabada, entupida de demoniozinhos, uma grande parte de menores, com seus ensurdecedores paredões de som que, mais se pareciam com as trombetas inferno, mas na verdade, para eles, os santinhos, filhinhos de papai e mamãe, ali era o paraíso perdido. Vale lembrar que nossa cidade é a única no Estado que, depois de uma morte trágica de um agente federal, consequência de som ligado a princípio, ainda aceita esse tipo diversão, ou, festa no meio da rua. Não obstante ao inferno dos paredões, a semana santa para muitos, foi um sucesso. Só não sabemos até quando, pois, muito me interessa que isso acabe logo, afinal, não aguentamos por muito tempo essa droga de “música”, pois, se quer usá-la, ou ouví-la, que seja só porá si.

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